Hoje eu acordei me sentindo mais velha. Essa coisa de
aniversário mexe comigo.
Eu sempre fico imaginando o que o meu “eu passado” pensaria
se pudesse ficar em frente a uma espécie de espelho da vida e ali, parado,
observasse o que me tornei. Seria feliz o encontro entre mim e eu? Sentiria
orgulho ou me negaria?
Talvez isso esteja acontecendo agora. Em outra dimensão,
galáxia, num universo paralelo, quem sabe? Nunca gostei mesmo dessas coisas que
fazem sentido, talvez porque nem eu mesma faça.
Pode ser que, num dia qualquer, esbarre em mim mesma. A gente pode se entender, falar sobre música, livros, sobre o que somos ou nos
tornamos. E por mais que soe estranho, perguntarei “Quem é você?” provavelmente
ouvirei como resposta “Metamorfose”.
"Esse é só o começo do fim das nossas vidas..."